Fotos: Rádio Taquara/Corpo de Bombeiros
A tragédia ocorrida no final da manhã desta quinta-feira (21), em que duas meninas – de 1 ano e seis meses e 2 anos e seis meses – perderam a vida em incêndio a uma residência, pode ter começado após uma brincadeira com um isqueiro. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Gustavo Menegazzo da Rocha, o menino de 5 anos, que também vivia na casa, brincava com o isqueiro quando o fogo atingiu um colchão, o que teria provocado o início das chamas.
Além das duas vítimas fatais, as mães, de 25 e 17 anos, uma mulher de 21 e o menino de 5 anos moravam no local, que fica na rua Pedro Adriano de Oliveira, no bairro Eldorado. Por volta das 11h10min da manhã desta quinta-feira (21), o Corpo de Bombeiros de Taquara foi acionado para combater as chamas, que já haviam se alastrado pelo local. Após a contenção do incêndio, durante a verificação no interior da residência, os bombeiros encontraram as duas primas carbonizadas no sofá da sala. Elas foram identificadas pela Polícia Civil como Isabele Rodrigues da Silva e Emanuele Rafaela da Silva.
A irmã mais velha era mãe do menino de 5 anos e de uma das meninas que morreu no incêndio. A outra criança era filha da irmã mais nova. Quando o fogo começou, a tia, de 21, cuidava das três crianças. Conforme a investigação, ao perceber o fogo, a tia chamou as três crianças para pular a janela, mas só ela e o menino conseguiram escapar. No momento das chamas, as mães das crianças estavam em uma casa da frente, no mesmo terreno, mas não conseguiram salvar as meninas. Vizinhos que acompanharam a situação também tentaram fazer o resgate.
Laudo IGP
Na manhã desta sexta-feira (22), os corpos das meninas seguiam no Departamento Médico-Legal (DML), em Porto Alegre, aguardando identificação técnica. Este processo só pode ser realizado através de exame de DNA, o que pode levar de 15 a 30 dias. Em casos mais complexos, o resultado pode demorar mais tempo.
De acordo com o Instituto-Geral de Perícias (IGP), a identificação pelas digitais não foi possível. Para que o DNA seja feito nas meninas, é necessária a coleta de material genético de familiares, o que, até a manhã desta sexta, ainda não havia ocorrido.