
INSEGURANÇA E MEDO NAS RUAS DE TAQUARA
Hoje, diferentemente do costume, irei usar esta coluna para fazer uma denúncia. Denunciar e divulgar o descaso do poder público e o medo e a insegurança que estamos vivenciando em determinadas regiões de nossa cidade.
Recentemente, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, especialmente nas ruas Venâncio Aires, José Julio Muller e Carlos Kroeff, uma onda de arrombamentos e assaltos vem ocorrendo. Desde o início deste ano, 8 casas destas mesmas ruas tiveram pertences furtados, depredação, estragos do patrimônio dos moradores. Raramente, e quando digo raramente estou sendo literal, vemos viaturas da Polícia Militar passarem por esta região. Por outro lado, a quantidade de dependentes químicos que circulam por essas ruas tem aumentado significativamente.
Durante muito tempo vivemos uma realidade distinta desta por aqui, esta realidade de medo e insegurança. Acreditávamos, e tínhamos motivo para tal, que esta era considerada uma localização segura e boa para se morar. Os vizinhos se conhecem desde há muito, as casas não necessitavam de todos os aparelhamentos de vigilância e proteção que carregam hoje. Podemos afirmar que esta era uma região de tranquilidade, sossego e paz. Dormíamos tranquilos e sem preocupações como as que hoje nos assolam.
Mas, nos últimos tempos, com foco no último mês, a calmaria e serenidade da região foi-se embora e em seu lugar hoje encontramos moradores assustados, receosos e apreensivos. As noites de sono não tem mais sido as mesmas, as tardes tranquilas de chimarrão e bate papo também não. Oito casas invadidas em menos de 20 dias. Dezenas de pessoas preocupadas, muitas traumatizadas por terem tido suas casas invadidas em plena luz do dia e com a presença dos moradores na casa.
Eles parecem não ter mais medo!
Em contrapartida, os moradores se veem cada vez mais acuados e inseguros. A segurança pública não tem feito o que esperamos deles. Não tem lógica pagarmos impostos para termos segurança e termos que enfrentar essas situações nós mesmos, moradores e moradoras.
Como disse inicialmente, esta coluna hoje tem o intuito de denunciar a onda de violência e insegurança que viemos vivendo em Taquara e cobrar dos responsáveis pela segurança deste município atitudes efetivas diante deste cenário.
Que nossas vidas não sejam colocadas em risco e que os responsáveis pensem em estratégias de apoio à população. Que algo seja feito antes que tenhamos que chorar por danos que não sejam apenas materiais.
Por Ana Maria Baldo
Professora, de Taquara
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