Cultura e Lazer Geral Oktoberfest

Oktober Pub: palco de talentos e sons alternativos na 35ª Oktoberfest de Igrejinha

O espaço tem servido de vitrine para artistas independentes, que encontram no evento uma oportunidade para mostrar sua arte a um público de diferentes bolhas
(Fotos: André Amaral/Rádio Taquara)

Às margens do Rio Paranhana, o Oktober Pub é um dos espaços mais autênticos e alternativos da 35ª Oktoberfest de Igrejinha. A proposta do espaço, que tem o charme da arquitetura enxaimel da Vila Germânica, vai além das tradicionais festividades alemãs, oferecendo um palco para artistas locais e gêneros musicais que vão do samba ao rock. Desde o início da festa, em 11 de outubro, o pub tem sido um oásis para quem busca uma experiência sonora distante das tradicionais bandinhas.

Ao longo dos dias de festas, o Oktober Pub recebeu inúmeros artistas da região. Bandas e músicos de estilos variados trouxeram suas sonoridades, criando uma atmosfera plural e intimista. O espaço tem servido de vitrine para artistas independentes, que encontram no evento uma oportunidade para mostrar sua arte a um público de diferentes bolhas.

Uma das atrações mais marcantes deste ano foi Javiera Garcia, ou simplesmente Javi, uma chilena de 28 anos que chegou ao Brasil em 2021 com o marido. Vinda da cidade de Los Andes, distante a 40 minutos da capital Santiago, Javi trouxe consigo uma bagagem de dez anos de carreira, incluindo uma participação no The Voice Chile, em 2015. Desde que se mudou para o Vale do Paranhana, ela tem chamado a atenção pela voz potente e carisma. A mistura de influências latinas com o pop e rock alternativo a fez conquistar fãs por onde tem se apresentado desde que escolheu Três Coroas como o novo lar.

“A gente chegou há três anos. Eu falo a gente porque meu esposo é atleta da canoagem e Três Coroas era a cidade perfeita para ele treinar. Então, como eu sou cantora, eu consigo trabalhar em qualquer lugar do mundo, né?”, conta Javi.

Ela conta que contou com o apoio de um amigo três-coroense para dar início a sua trajetória no Paranhana, o advogado e também músico Luiz Fernando Cunha.

“A gente decidiu morar em Três Coroas. Logo depois, conheci o Luiz Fernando, que é meu amigo, parceiro e manager. Ele montou uma banda para a gente e sempre nos incentivou, dizendo que daríamos certo e que precisávamos fazer shows. Começamos a ensaiar, conheci umas pessoas incríveis, e acompanhada de ‘uns caras muito massa’, estamos fazendo shows desde o ano passado”.

Ela contou como foi sua participação no The Voice Chile em 2015.

“Aos 18 anos, eu participei do The Voice. Foi uma experiência incrível. Aprendi muito, conheci muitos artistas talentosos e, logo após essa participação, comecei a compor minhas próprias músicas e a disponibilizá-las na internet, no Spotify e em outras plataformas. As pessoas começaram a gostar, me incentivaram a continuar e disseram que eu tinha potencial. Desde então, estamos lançando novas músicas constantemente”, detalha.

Além do repertório de covers, que inclui artistas como Shakira e Amy Winehouse, Javi está bastante focada em seu trabalho autoral. E como boa cidadã honorária três-coroense, ela está preparando músicas em português.

“Junto com meus amigos Seba e Luiz Fernando, nos reunimos para sessões de composição. Nessas sessões surgem muitas ideias, porque falamos sobre as coisas cotidianas da vida. Achamos que nossas músicas vão encontrar muitas pessoas, refletindo o amor do dia a dia, com seus altos e baixos. Para mim, foi uma honra conseguir compor em outro idioma. Foi difícil, mas gratificante”.

Javi conta que já se sente em casa.

“Sempre que eu desço do palco, alguém muito legal vem falar comigo: ‘Nossa, você é incrível, seu show foi sensacional.’ Eles me dão abraços e postam as fotos que tiramos juntos no Instagram, o que é muito legal. E é isso que eu gosto, sabe? O que buscamos é a energia. É aquela conexão quando as pessoas recebem sua energia, te abraçam e gostam de você e do seu trabalho. Eu acho que já consegui isso, e estou muito feliz porque é incrível que as pessoas gostem do que fazemos”, diz a artista.

Programação do último dia de Oktober Pub

17h30 – July Bueno
19h – Django y Los Basterds
20h – Giácomo Velasques
21h – MooGee
22h – Mazah