
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) informou que cumpriu, na manhã desta terça-feira (6), mandados de busca e apreensão em locais vinculados ao Poder Executivo de Taquara, além de empresas e residências situadas nos municípios de Taquara e Guaporé. De acordo com o MPRS, foram recolhidos documentos e equipamentos eletrônicos, como parte da Operação Mestre de Obras. Também foram executadas ordens judiciais de afastamento de um agente político e de um servidor público dos respectivos cargos na administração municipal – o MP não revelou nomes dos afastados até o momento. As medidas foram autorizadas pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Conforme comunicado do Ministério Público, a operação apura possíveis fraudes em processos licitatórios, incluindo dispensas indevidas e direcionamento de contratos com indícios de sobrepreço. Os contratos investigados envolvem a prestação de serviços terceirizados à administração pública. Ainda segundo o órgão, estão sendo investigados agentes públicos e particulares supostamente envolvidos nas contratações.
As investigações são conduzidas pela promotora de Justiça Letícia Pacheco, sob coordenação do procurador de Justiça Fábio Costa Pereira. A operação contou com a participação dos promotores de Justiça Karina Bussmann, Mariana de Azambuja Pires, Heitor Stolf Junior e Diego Pessi, além do apoio de servidores, policiais vinculados ao Ministério Público e equipes dos Batalhões de Choque da Brigada Militar.
O que diz a prefeitura
A Prefeitura de Taquara divulgou uma nota oficial sobre a operação do Ministério Público que investiga supostas fraudes em licitações. No texto, a administração sustenta que está prestando apoio à Promotoria na conferência de documentos oficiais. Acrescenta que nenhum computador foi levado do prédio da administração municipal.
O governo municipal confirma que duas servidoras são alvos da operação. Esclarece que ambas foram imediatamente afastadas até que sejam esclarecidas as acusações. Uma das servidoras seria concursada e a outra ocupante de cargo em comissão. A prefeitura ainda acrescentou que foram abertos processos administrativos a fim de investigar as servidoras.