Ainda em 2017, mediante uma onda de violência que chocou a comunidade com crimes na praça municipal, Parobé anunciou, pelo governo interino de Moacir Jagucheski (PPS), a intenção de criar uma guarda municipal. A ideia, dentro da nova administração de Irton Feller (MDB), não foi abandonada, mas, em 2018, não avançou, segundo o próprio secretário de Segurança, Cidadania e Mobilidade Urbana, Ricardo Juarez dos Santos. Isso acontece, revelou o secretário, pela própria dificuldade de criar uma organização como essa, que exige diversos custos. Juarez que retomar os estudos sobre a guarda municipal em 2019.
Em entrevista ao programa Painel 1490, da Rádio Taquara, na quarta-feira (12), Ricardo Juarez enfatizou que a criação de uma guarda municipal é um processo que demanda muitos dinheiro, principalmente pela necessidade de contratação de uma equipe. Juarez diz que uma guarda ajudaria na área da segurança, uma vez que atuaria, principalmente, no atendimento às ocorrências de trânsito e de menor potencial ofensivo, enquanto a Brigada Militar ficaria liberada para o combate à criminalidade. Mas, além dos custos com pessoal, há diversas outras questões que precisam ser analisadas, em um tema que, segundo o secretário, é complexo. Portanto, o tema ficou para ser retomado em 2019.
No que diz respeito à segurança pública, Ricardo Juarez diz que a prefeitura tem atuado como pode no apoio às corporações, como a Polícia Civil e a Brigada Militar, cedendo, inclusive, funcionários para os dois órgãos. Além disso, tem atuado junto ao governo do Estado para o aumento dos efetivos. Recentemente, segundo Juarez, houve uma operação da Polícia Civil que prendeu suspeitos de participarem de facções criminosas em Parobé, o que diminuiu os índices de violência nos últimos meses no município.
Trânsito
Na entrevista, o secretário também comentou sobre o trânsito, uma das atribuições de sua pasta. Esclareceu o recente reajuste nas tarifas do estacionamento rotativo, mencionando que a medida está prevista em contrato e na legislação em vigor. Disse que o sistema vem funcionando adequadamente em Parobé e rende cerca de R$ 12 mil por mês à sua pasta, dinheiro que tem sido aplicado na melhoria da sinalização. Citou como exemplo a compra de tintas para diversas pinturas necessárias, além de placas. O recurso também foi usado para aquisição de um novo semáforo para o trânsito, na esquina das ruas Dr. Legendre e Odorico Mossmann.
Para 2019, Juarez anunciou que encaminhará dois estudos, um deles o Plano de Mobilidade Urbana, uma exigência federal, e outro sobre as linhas do transporte coletivo. A ideia é realizar, no ano que vem, a concorrência pública para o serviço de transporte público, uma vez que, atualmente, o secretário disse que não há regulação contratual. Um dos temas a serem abordados no estudo, segundo Juarez, é o expressivo número de gratuidades existente no sistema vigente, o que, em algumas ocasiões, chega a representar até 80% dos passageiros que estão em viagem. Este elevado índice compromete o sistema e precisará ser alvo do estudo, disse Juarez.