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Prefeito interino de Parobé garante “apuração com rigor” sobre descarte irregular de resíduos

Restos de materiais sintéticos foram enterrados no parque do Festejando Parobé.
Jagucheski também comentou, na entrevista à Rádio Taquara, a saída do PT do governo. Vinicius Linden/Jornal Panorama

O prefeito interino de Parobé, Moacir Jagucheski (PPS), se manifestou, nesta quinta-feira, sobre o descarte irregular de resíduos encontrados no parque do Festejando Parobé. Em entrevista ao programa Painel 1490, da Rádio Taquara, disse que foi pego de surpresa pelo ocorrido, mas, tão logo soube do fato, determinou apuração rigorosa sobre o acontecimento. Jagucheski acrescentou que deverá ter uma posição sobre as medidas da Prefeitura ainda nesta quinta-feira ou nesta sexta-feira.

Segundo Jagucheski, tomou conhecimento do descarte irregular na segunda-feira, por meio de ligações do secretário de Obras, Lázaro Dias. Imediatamente, o prefeito interino diz que determinou a apuração pela Secretaria de Meio Ambiente. A pasta, inclusive, deveria entregar para o prefeito, nesta quinta-feira, toda a documentação em relação à apuração para que Jagucheski decida os próximos procedimentos. O prefeito interino também quer ter acesso à documentação produzida pela Patrulha Ambiental.

Em entrevista ao Jornal Panorama, nesta semana, o secretário Lázaro admitiu que o material foi colocado indevidamente no local por seu filho, que, segundo ele, já está providenciando a correção do seu erro. Questionado sobre a situação do secretário de Obras no governo, Jagucheski disse que teria acesso aos documentos nesta quinta-feira e passaria a conversar para tomar as atitudes necessárias. Garantiu, no entanto, o rigor na apuração e a divulgação das conclusões para a comunidade.

Jagucheski enfatizou que foi pego de surpresa pelo ocorrido, pois não estava no município na sexta-feira. O prefeito interino disse que também será objeto de apuração a denúncia de que máquinas do Executivo foram utilizadas para o aterramento dos resíduos junto ao parque do Festejando.

Jagucheski também fala sobre a saída do PT do governo
Na entrevista que concedeu à Rádio Taquara, o prefeito interino também se manifestou sobre a decisão do PT que deixou a base de apoio da administração municipal. Jagucheski disse que respeita a decisão, mas conta que, na semana passada, reuniu-se com o presidente do partido, Cláudio Silva, e pediu uma das três diretorias da sigla de volta. A ideia seria entregar o cargo a um integrante de outro partido que integra a base do governo. “Então eles acharam melhor sair do governo”, comentou Jagucheski, acrescentando ter ficado satisfeito de que a sigla manifestou que será oposição, mas manterá o apoio aos bons projetos e continuará buscando recursos para Parobé.

Quanto à crítica do PT de corte de programas, o prefeito interino disse que foram necessárias medidas de redução de despesas em Parobé, mas não houve cortes em nenhum programa. Isso acontece, segundo ele, pela própria situação de interinidade, que não permite a criação de despesas que possam onerar a administração definitiva que assumirá o Executivo. “Estamos fazendo uma transição com responsabilidade para que o prefeito que for vir pegue melhor do que eu peguei”, comentou. Sobre outro ponto citado pelo PT, da volta ao governo de nomes que teriam responsabilização judicial, Jagucheski lembrou que foi o autor da lei da Ficha Limpa municipal, projeto que proibiu a nomeação de pessoas com condenação. Disse que pessoas condenadas no passado, mas que já cumpriram suas penas, estão livres e podem atuar na Prefeitura, que exige certidões negativas de todos os nomeados, justamente como prevê o projeto de sua autoria e que, conforme Moacir, foi sancionado pelo próprio presidente do PT, Cláudio Silva, na época em que foi prefeito.

Assista a íntegra da entrevista com Moacir Jagucheski: